sábado, 7 de maio de 2016

História da Marca Hope Lingerie

HOPE


Investimentos em novos processos de produção, acabamentos e tecidos inteligentes, além de uma comunicação constante e confidente com suas consumidoras fazem da HOPE uma das marcas mais reconhecidas e valorizadas pelas mulheres brasileiras, referência em conforto, durabilidade e qualidade. Uma espécie de Victoria’s Secret tupiniquim, direcionada para mulheres que confiam na marca para lhe proporcionar bem estar no dia a dia, em todas as fases da sua vida. 

A história 
Quando chegou a São Paulo em 1966, vindo de Belém, a capital do Pará, o imigrante libanês Nissim Hara, então com 29 anos, percebeu a falta de dinamismo no mercado de confecções de lingerie e resolveu investir o pouco dinheiro que havia acumulado nos cinco anos em que tocara um negócio de transporte de alimentos na região norte do país em uma pequena confecção de roupas íntimas, batizada de HOPE LINGERIE. Instalou-a no Brás, tradicional bairro fabril de São Paulo, onde estão atualmente localizadas dezenas de confecções. As primeiras peças, de helanca, eram produzidas em máquinas importadas da Alemanha e adaptadas, pois eram usadas para a produção de meias. Ele começou vendendo sua produção para as inúmeras lojas da região. Nesta época, havia poucos fabricantes e o empresário rapidamente encontrou um nicho de mercado, dentro de uma linha clássica, sensual, ainda pouco explorada. Um de seus primeiros sucessos, acreditem, foi uma calcinha perfumada. Durante dez anos, a empresa vendeu apenas calcinhas de helanca. Só as cores mudavam. Somente no fim dos anos de 1970, a HOPE lançou o primeiro sutiã.


A marca passou anos no “anonimato”, até que em 1985, o publicitário Agnelo Pacheco idealizou o primeiro merchandising de novela da história. Na novela Roque Santeiro, da Rede Globo, com a frase “a calcinha que mexe com a cabeça dos homens”, uma moça de calcinha e sutiã estampada em um outdoor piscava somente para o professor Astromar Junqueira, uma das figuras mais excêntricas da trama, levando-o a imaginar que a modelo da peça estava rebolando. Foi neste momento que a HOPE começou a crescer no mercado nacional. As vendas triplicaram em um ano. Com isso, a empresa, além da ampliação da sua linha de produtos, passou a fabricar também os tecidos, os elásticos e a realizar o tingimento dos tecidos, tudo para o próprio consumo. Em 1998, suas três filhas, Sandra, Karen e Daniele, entraram na empresa, e foram as grandes responsáveis pela estratégia de rejuvenescimento da marca HOPE. Depois de estagiar na fábrica, Sandra ajudou a montar o plano que atraiu consumidoras mais jovens para a marca, incorporou tecnologia às peças e, acima de tudo, horizontalizou a produção.


Atraída pela habilidade, arte e tradição de costura da mulher cearense, a empresa aportou em 1999 no Ceará, inaugurando uma moderna fábrica em Maranguape para fabricar calcinhas e sutiãs sofisticados, de alta qualidade e aprimoramento tecnológico. Em 2005 a empresa entendeu que marcar presença no varejo era uma questão estratégica e inaugurou sua primeira loja exclusiva, na capital paulista. De lá para cá os investimentos para estruturar a rede de franquias HOPE só cresceram. Isto porque, a marca estava cansada de ver suas calcinhas e sutiãs expostos nas prateleiras de grandes magazines e hipermercados, sem o charme com que gostaria de apresentar seus produtos. A coroação dessa estratégia foi a inauguração em 2012 de uma loja-conceito de 200 m² na Oscar Freire, tradicional rua da capital paulista conhecida pela grande concentração de grifes.


Em 2006, a HOPE provocou um burburinho na promoção de uma nova calcinha. Contratou a modelo Daniella Cicarelli e estampou a moça seminua em imensos painéis espalhados pela cidade de São Paulo. Havia apenas uma tarja preta cobrindo uma suposta calcinha da moça. Duas semanas depois, a tarja preta foi retirada e revelava uma peça sem costura, minúscula. Esse lançamento de sucesso mudou a história da HOPE. A partir de então, a empresa passou a escolher celebridades como garotas-propaganda. Além disso, estreou no segmento de biquínis, indo à praia pela primeira vez. Tratou-se de algo revolucionário para uma empresa que desde sua fundação sempre ficou escondida embaixo da roupa das mulheres. O mix de produtos também foi expandido com a introdução de peças e modelos para a noite, pijamas, pantufas, camisolas e até nécessaires.


Em 2010, depois de ter beldades como Ellen Jabour e Juliana Paes como estrelas em suas campanhas, a HOPE assinou com a übermodel Gisele Bündchen como garota-propaganda da marca. Com isso a marca HOPE se aproximou do modelo de negócio da grife americana Victoria’s Secret, famosa por vestir lingeries em desfiles com beldades internacionais e nacionais, como Adriana Lima e a própria Gisele Bündchen. Não por acaso, foi Gisele a escolhida para estrelar as campanhas publicitárias da marca. A HOPE também apostou na diversificação de sua linha de produtos. No fim de 2010, por exemplo, a marca incluiu uma linha de cosméticos no seu portfólio, composta por cremes hidratantes corporais, esfoliantes e colônias perfumadas. Coincidência ou não, a Victoria’s Secret também vende cremes e perfumes. As semelhanças não param por aí. O público-alvo das duas marcas é muito parecido: mulheres entre 15 e 35 anos pertencentes às classes A e B. Ambas também enveredaram pela moda praia, com biquínis e maiôs.


A HOPE se destacou como uma das marcas mais inovadoras do mercado brasileiro, sendo a primeira a introduzir no país o uso de tecidos como o algodão mercerizado e a microfibra, um tecido inteligente que absorve melhor a umidade, proporcionando constante sensação de frescor. Suas novas lojas seguem o conceito Bodywear, oferecendo tudo o que a mulher precisa para usar diretamente no seu corpo: lingerie, beachwear, homewear, cosméticos e outros acessórios. Atualmente, produzidas com tecidos inteligentes e novas tecnologias, as lingeries HOPE quebraram paradigmas, romperam com a imposição do recato e da submissão feminina e adotaram novos conceitos. Saíram do anonimato e já se sobrepõem com charme, beleza, sedução e conforto às peças do próprio vestuário. O sucesso da marca está atrelado ao número de lançamentos. São em média quatro novas coleções por mês entre calcinhas, lingeries e produtos como biquínis, pijamas e cosméticos.


A linha do tempo 
2003 
 Lançamento da linha HOPE CLEAN, que introduziu no Brasil o conceito sewfree (sem costura, elásticos ou amarrações). O segredo era a tecnologia de última geração importada dos Estados Unidos, que dispensava a tradicional máquina de costura. 
2005 
 Lançamento da coleção de beachwear, composta por sofisticados e modernos biquínis. Atualmente esta linha, composta por biquínis, maiôs e saídas de praia, possui diferenciais como etiquetas de silicone (como não ficam molhadas, não incomodam), recheio de espuma para aumentar os seios que não absorve água e peças vendidas separadamente (a consumidora faz combinação que desejar). 
2006 
 Lançamento da linha HOPE NUDE, produto sem similar no mercado brasileiro, que introduziu no país o conceito “NO VPL” (no visual panty lines), que não marca a linha da calcinha sob a roupa, como se a mulher estivesse nua. A linha, que foi lançada no mercado com o slogan “Hope Nude. Com acabamento invisível, você esquece que está vestida”, é composta por calcinhas com corte eletrônico, bordas planas e modelagem especial. Dispensam o uso de elásticos e aderem perfeitamente ao corpo, ficando invisíveis sob a roupa. 
2007 
 Lançamento da linha HOPE SPACE, composta por sutiãs elaborados com material altamente tecnológico. 
2008 
 Lançamento do HOPE SHOCK, primeiro sutiã do mercado que respira e não deforma, destinado exclusivamente à prática de exercícios de médio e alto impacto. Desenvolvido com o exclusivo bojo SPACE 3D - que não é de espuma e tem uma composição especial que mantém tanto a memória do formato quanto a espessura do enchimento, além de ser desenvolvido com alta tecnologia, podendo ser guardado na gaveta, na mala, dobrado e amassado que ele sempre voltará ao seu formato original. 
 Lançamento da linha HOPE GLAM, que tinha a intenção de sempre trazer o glamour na dose certa e marcar a volta da renda às coleções de uma maneira extremamente sofisticada. As rendas eram elaboradas em viscose, que primam pela suavidade, maciez e detalhes em tule de Lycra®, fitas de guipure e cetim que faziam toda a diferença. A nova linha trazia sutiãs meia taça, com push-up, rendas, calcinhas com babados e lacinhos, em veludo. 
 Lançamento da HOPE MAGIC BACK, uma calcinha que valoriza e empina o bumbum, de maneira discreta e natural, dentro do conceito “No VPL”, que não marca sob a roupa. Trata-se de um modelo boxer, elaborado em microfibra power, com enchimentos na parte de trás que valorizam e modelam as nádegas. 
2010 
 Lançamento do sutiã universal, uma peça criada para vestir todas as mulheres, do tamanho 40 ao 48, da taça A à DD. Este é o conceito mais moderno de lingerie já criado no mercado brasileiro. 
 Lançamento da linha HOPE SCENTS, composta por loção corporal, sabonete liquido, água perfumada e gloss labial. 
 Lançamento da linha HOPE MATERNITY, que trazia muito mais estilo, conforto e modernidade para as mamães. A linha era composta por peças muito práticas para o período de amamentação e gestação sem deixar o estilo de lado. 
2011 
 Lançamento da linha HOPE LOUNGEWEAR, composta por peças originalmente feitas para dormir, mas que ganham uma função urbana e podem sair à rua em situações comuns. A coleção apresentava um grande mix de produtos, tais como, agasalhos, saruel, calças tradicionais com a boca larga, calças capri, camisolas largas, vestidos para dormir, bermudinhas, blusas soltinhas e tudo mais para deixar a mulher quentinha e confortável. 
 Lançamento da linha de lingeries GISELE BÜNDCHEN BRAZILIAN INTIMATES, composta por 40 peças, que tinham um apelo mais sensual, complementando a linha de produtos da empresa. A HOPE ficou responsável pela produção, distribuição e gerenciamento da coleção. A modelo cuidou da direção criativa e fez questão de provar cada um dos modelos. 
 Inauguração dos primeiros espaços HOPE Sob Medida, ambientes exclusivos da marca dentro de lojas multimarcas. Hoje em dia já são aproximadamente 300 desses espaços.
2012
● Lançamento da coleção HOPE GREEN, cuja proposta é baseada no conceito “ECO”, oferecendo uma linha prática e usual de lingeries e pijamas ecologicamente corretos, de malha modal, produzida a partir da fibra ecologicamente correta derivada da celulose vinda de florestas sustentáveis e certificadas.


A evolução visual 
Há poucos anos atrás a HOPE mudou radicalmente seu logotipo. Em alinhamento com seu posicionamento de marca fashion e ligada à moda, o logotipo atual adotou um visual mais sóbrio e moderno. Além disso, a palavra “lingerie” foi retirada, já que a marca oferece muitos mais que apenas calcinhas e sutiãs.


Os slogans 
Bonita por natureza. (2011) 
Calcinhas Hope. Um sonho de calcinha. 
A calcinha que mexe com a cabeça dos homens. 


Dados corporativos 
● Origem: Brasil 
● Fundação: 1966 
● Fundador: Nissim Hara 
● Sede mundial: São Paulo, Brasil 
● Proprietário da marca: Hope Lingerie Ltda. 
● Capital aberto: Não 
● Presidente: Nissim Hara 
● Faturamento: R$ 210 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: + 120 
● Presença global: 18 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 2.000 
● Segmento: Lingeries 
● Principais produtos: Calcinhas, sutiãs, camisolas e biquínis 
● Concorrentes diretos: ValiséreDulorenLupoMarisa Lingerie, DeMillus, Triumph e Scalina 
● Slogan: Bonita por natureza. 
● Website: www.hopelingerie.com.br 

A marca no mundo 
A HOPE, uma empresa 100% brasileira, possui três unidades industriais, todas localizadas em Maranguape, a cerca de 40 quilômetros de Fortaleza (CE), emprega diretamente 2.000 pessoas e conta com uma rede de lojas própria composta por mais de 120 unidades. Além disso, os produtos da marca estão disponíveis em mais de 5.000 pontos de venda espalhados pelo país e são exportados para mais de 18 países. A marca tem lojas em Portugal, Israel e Argentina. 

Você sabia? 
 A HOPE produz aproximadamente 700 mil peças por mês, entre calcinhas, sutiãs, camisolas e biquínis. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Veja, Exame, Época Negócios e Isto é Dinheiro), jornais (Valor Econômico e Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Fonte: http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2011/07/hope.html

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